Pêssego de Jundiaí é referência para a produção de mudas e de cerveja
Da terra de Jundiaí para diversos estados, como Bahia, Minas Gerais e Paraná. Conhecido por “Zé de Barro”, José Camargo de Barros, de 84 anos, dedicou a vida à pesquisa da fruticultura em Jundiaí. Foram 37 anos trabalhando no Centro de Frutas do Instituto Agronômico de Campinas (IAC) e pesquisando diversas variedades, como maçã, pera e pêssego. Em meio às pesquisas, seu Zé desenvolveu milhões de mudas que percorreram produções por todo o Brasil e várias plantações de Jundiaí. As produções na cidade são acompanhadas pela Unidade de Agronegócio, Abastecimento e Turismo (UGAAT), da Prefeitura de Jundiaí, através de diversos programas de fomento ao agricultor.
“Jundiaí é uma terra boa para dar pêssego, principalmente o Douradão e o Aurora, que são variedades que se adaptam melhor em temperaturas um pouco mais baixas. Já o Régis, vai melhor em regiões mais quentes. Já desenvolvemos mudas de mais de 40 variedades”, disse o seu Zé de Barro. São pelo menos 70 anos trabalhando com o pêssego.
Várias dessas mudas foram para o sítio da Família Bardi, no Caxambu, que tem produção de aproximadamente 600 pés de pêssego, além de goiaba e uva. Os produtores Wagner e Vanderlei têm cinco variedades. “Neste ano, o calor foi forte, mas a chuva dos últimos dias ajudou o pêssego a ficar mais graúdo. De qualquer forma, ele está bem doce e estamos colhendo bastante”, disse o produtor Wagner Bardi. Os produtores utilizam o Programa de Subvenção do Seguro Agrícola, da Prefeitura de Jundiaí, que garante mais tranquilidade em casos de eventos climáticos intensos, como o granizo. E também os serviços do programa “Fertilidade do Solo”.
Da produção para uma cervejaria de Jundiaí. Foi com o pêssego da Família Bardi, que o Marcelo idealizou uma cerveja especial para a cidade. A Sour Peach, que era para ser uma produção sazonal, ficou fixa no cardápio. “A recepção dos clientes foi tão boa que mantivemos no cardápio. O estilo base dela é uma cerveja voltada para a fruta e o frescor, com menor teor alcoólico e mais acidez. E o melhor, com o pêssego de Jundiaí”, explicaram Marcelo Giffoni, proprietário da Giffa Cervejaria, e Henrique Matsuno, mestre cervejeiro.
“O pêssego é uma das frutas mais usadas como diversificação da produção. Conseguimos desenvolver variedades que se adaptaram bem ao solo e ao clima de Jundiaí. Além de ser uma fruta que tem bom valor comercial, tanto para venda direta em programas municipais como Produtor na Praça e Circuito das Frutas nos Terminais e também para o atacado”, afirma o engenheiro da UGAAT, Sérgio Pompermaier. Segundo o Levantamento Censitário das Unidades de Produção Agropecuária (Lupa), Jundiaí tem 48 produtores de pêssego, que juntos somam uma área de 62,4 hectares.
A safra do pêssego, principalmente, se concentra entre a primavera e o verão. “O pêssego é uma das principais produções da cidade. E para ajudar o agricultor a se fixar na terra, temos investido cada vez mais em programas de fomento ao Agronegócio e de proteção ao produtor rural, como o Seguro Agrícola, Cultivo Protegido e o Proaj”, disse o gestor de Agronegócio, Abastecimento e Turismo (UGAAT), Eduardo Alvarez.
Assessoria de Imprensa
Fotos: Fotógrafos PMJ